Jesus Está Chegando!
por
David Wilkerson
Há mil anos, exatamente por este tempo, o mundo enfrentava
sua mais escura hora. Segundo a História da Igreja - de Miller, a
igreja era má, apóstata, e muito fraca. Na verdade, a própria qualidade de vida
estava decrescendo. O maometismo crescia de maneira rápida. A Europa era
assolada pelos húngaros que massacravam multidões; medo a violência grassavam
por toda a terra. A humanidade toda se tornara desolada e dominada pelo pânico.
As calamidades se multiplicavam por todos os lados — fomes terríveis —
desastres indescritíveis. Pragas e pestilências matavam milhões sem conta. Mas
o verdadeiro pânico era causado por sinais fora do comum e alarmantes nos céus.
Está registrado que houve estranhos sinais no sol e na lua. Os pregadores por
todo o mundo conhecido da época começaram a pregar e a profetizar que o mundo
terminaria por volta de 999, pouco antes do ano 1.000. O texto usado era Lucas
21:25-27, que diz: "Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra
as nações ficarão angustiadas e perplexas pelo bramido do mar e das ondas.
Homens desmaiarão de terror, na expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo,
pois os corpos celestes serão abalados."
A partir do ano 960 o pânico aumentou. E o ano 999 era
considerado o último! Não passava de ilusão satânica, baseada numa
interpretação errônea da mensagem do milênio (que significa mil anos),
encontrada em Apocalipse 20:1-7. As pessoas deixavam seus empregos; os
lavradores abandonavam a plantação ou a colheita; casas e edifícios ficavam ao
abandono em decadência; os historiadores deixavam de registrar os fatos. Ricos
e nobres, príncipes e bispos, abandonavam amigos e famílias e corriam às
pressas para a Palestina a fim de estarem lá quando Cristo voltasse. Ele viria
e estabeleceria um reinado terreno sobre o monte Sião. Entregavam suas fortunas
— reis e imperadores rogavam que fossem admitidos nos mosteiros para juntar-se
às ordens sagradas. Multidões de gente pobre dormiam nos alpendres dos
edifícios sagrados — ou pelo menos à sua sombra! As pessoas sentiam fome, porém
não havia milho, nem trigo, nem gado, nem colheitas. Não se fizera nenhuma
provisão porque tudo ia terminar dentro em breve.
A última noite do ano de 999 d.C. foi de pânico e
inquietação. Os ímpios tiveram um último ataque selvagem, e de tão horrível não
podia ser repetido. Jerusalém ficou atulhada com os que esperavam no monte Sião
que Jesus irrompesse nas nuvens. Ao aproximar-se a meia-noite, o mundo reteve a
respiração. Os relógios deram doze pancadas — então passou um minuto — depois
cinco minutos — e nada de Jesus aparecer! A noite terminou em luz matutina e
tudo calmo e em paz. As multidões voltaram para casa a fim de arar a terra,
reparar as ruínas, plantar. Tudo estava de volta ao normal. O resultado fora
que o medo tornara-se em diversão e festança! Enormes catedrais foram
construídas e a população se acomodou para viver sem a expectativa da volta de
Cristo. Era tempo de construir — construir até mesmo impérios! O pêndulo estava
oscilando.
Jesus chegaria em 1843!
Aconteceu de novo há cerca de 145 anos quando William
Miller, fundador do movimento Adventista, anunciou a surpreendente revelação de
que Jesus devia vir em 1843! Ele se havia convertido do deísmo, e em 1833
tornou-se pregador batista licenciado. Depois de quatorze anos de estudo,
Miller calculou que Jesus voltaria em 1843 numa determinada data.
Seu livro Evidence From Scripture and History ofthe
Second Corning of Christ - about the Year 1843 (Evidência da Bíblia e da
História sobre a Segunda Vinda de Cristo — Cerca do ano 1843), continha
gráficos, cálculos minuciosos, certas provas de que, sem sombra de dúvida, 1843
seria o ano! Joseph Hines foi o editor do livro e a partir de 1839 até 1843
milhares de crentes de todas as denominações convenceram-se de que Jesus
voltaria em 1843.
A data que fixara chegou. Multidões saíram para
uma montanha esperando a vinda do Senhor. Considerando que Jesus não veio, ele
voltou aos seus cálculos, confessou que cometera um erro e estabeleceu outra
data! Em 1845, foi eleito presidente dos adventistas.
Devemos tomar cuidado para não
nos envolvermos a tal ponto no Quando e Como, que nos esqueçamos de Quem está
vindo!
Certamente, Jesus nunca tencionou que seu corpo ficasse tão
dividido por causa desta bendita esperança. Há tanta divisão, tanta confusão,
sobre a época de sua vinda. Os movimentos carismático e evangélico dividem-se
em muitos campos — todos convictos de que sabem como Jesus virá! Dizem alguns
que ele virá em duas fases: primeiro, um arrebatamento repentino, não
anunciado, depois vem a tribulação.
Outros são partidários do "meio da tribulação",
isto é, Jesus virá depois de três anos de tribulação. Outros, porém, são
"pós-tribulação", crendo que ele virá após sete anos de grande
tribulação.
Vem depois o grande e crescente debate acerca do reino
milenial de Cristo na terra. Há os pré-milenistas, segundo os quais a segunda
vinda será seguida por um reinado de Cristo de mil anos em paz e justiça (o
reino de Deus), durante este período Cristo reinará como Rei sobre a terra, e
depois disso virá o fim do mundo.
Os pós-milenistas dizem que o reino de Deus é agora: o mundo
será cristianizado e experimentaremos um longo período de justiça e paz,
"o milênio". Dizem eles que o evangelho conquistará e vencerá o mal
aqui na terra — então Jesus virá.
Os "amilenistas" crêem que não há nenhum reinado
de Cristo na terra, de mil anos, mas que há dois reinos correndo paralelamente:
o reino de Deus, de luz, e o reino do diabo, de trevas. Por ocasião da vinda de
Cristo, ele estabelecerá seu reino e destruirá o do diabo.
Circula também a teologia do domínio, segundo a qual Jesus
não virá até que os cristãos assumam autoridade sobre todos os níveis da
sociedade — político, social e econômico — e subjuguem os sistemas, e tornem o
mundo santo, e então tragam Jesus de volta como rei.
Além de todas essas doutrinas, há vários tipos de dispensacionistas
— todos com esmerados cálculos, lógicos, baseados em provas bíblicas, e todos
reivindicam a exclusividade de estarem certos.
Não vejo em minha Bíblia "Estai sempre imaginando e
calculando!" Vejo, sim,; "Estai preparados!" Creio que o
Espírito Santo colocou esta mensagem no meu coração de sorte que ninguém jamais
seja sacudido ou iludido por qualquer determinador de data. Digo como Paulo:
"Ora, irmãos, quanto à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa
reunião com ele, rogamo-vos que não vos demovais facilmente de vosso modo de
pensar, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por
epístola, como se procedesse de nós, como se o dia de Cristo já tivesse
chegado. Ninguém de maneira alguma vos engane" (2 Tessalonicenses 2:1-3).
Jesus disse: "Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe; nem os anjos
que estão no céu, nem o Filho, senão o Pai... Vigiai porque não sabeis quando
virá o senhor da casa... se ele vier inesperadamente, não vos encontre
dormindo" (Marcos 13:32-36). Os fixadores de datas contornam este problema
dizendo que a dificuldade para se conhecer o dia exato da vinda de Cristo se
deve às diferentes zonas de tempo, ou seja, os meridianos, portanto ninguém
sabe a hora exata em cada zona!
Deus
reteve de propósito o tempo da volta de Cristo para manter seu povo em estado
de vigilância.
"Estai de sobreaviso! Vigiai [e orai]! Não sabeis
quando será o tempo" (Marcos 13:33). Qualquer doutrina acerca da volta de
Cristo, da tribulação, ou do milênio que o prive da vigilância, da devoção, e
da expectativa de momento a momento não é de Deus! Nem é de Deus se ela o priva
do zelo de ganhar os perdidos para Cristo. Devemos viver hora por hora
aguardando, vigiando, e trabalhando.
Alguns que acham válido estes livros que marcam a vinda de
Cristo para diferentes datas, dizem: "Algo é necessário para despertar os
cristãos mortos — isto pode fazê-lo!" Mas eu digo: se eles têm sido
apóstatas, desatentos, ou preguiçosos, não há sacudida espiritual que os mude.
Tornar-se-ão zombadores! E até mais preguiçosos!
Quando era menino, nos primórdios do movimento pentecostal,
pregava-se sobre a vinda de Jesus de maneira tal que eu ficava muito assustado!
O texto era sempre: "Então, estando dois no campo, será levado um, e
deixado o outro. Estando duas moendo no moinho, será levada uma, e deixada a
outra. Portanto vigiai, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso
Senhor... Por isso estai vós também apercebidos, porque o Filho do homem há de
vir à hora em que hão penseis" (Mateus 24:40-44). Eu ouvia evangelistas
falarem do toque da trombeta com milhões desaparecendo, acidentes de
automóveis, aviões caindo, trens colidindo! Um dia entrei em casa, de volta da
escola, e minha mãe não estava lá! Pensei que perdera a vinda de Cristo — que
pânico! Pensei que fora deixado para trás.
Assim acontece com muitos cristãos. A vinda de Jesus é
temível para eles — vivem com pavor da última trombeta! Se houver rebelião e
pecado não perdoado, será de meter medo. Mas nesta mensagem quero pregar
a vinda do Senhor sob uma luz diferente — isto é, em termos do que ela
significa para o vencedor, para os que o amam.
Ele vai voltar do mesmo modo
como partiu!
"Aqueles que se haviam reunido perguntaram-lhe:
Senhor, restaurarás tu neste tempo o reino a Israel? Ele lhes disse: Não vos
pertence saber os tempos ou as épocas que o Pai estabeleceu pelo seu próprio
poder. Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis
minhas testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até
os confins da terra. Depois que lhes disse isto, vendo-o eles, foi elevado às
alturas e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos. E estando eles com os
olhos fitos no céu enquanto ele subia, de repente junto deles se puseram dois
homens vestidos de branco, os quais lhes disseram: Varões galileus, por que
estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no
céu, há de vir, assim como para o céu o vistes ir" (Atos 1:6-11).
A primeira coisa que Jesus fez foi reunir os que
foram escolhidos para vê-lo ascender ao Pai. "Estando comendo com
eles" (Atos 1:4). Cerca de 120 foram chamados por Jesus para o monte das
Oliveiras. Não acho que eles soubessem ou compreendessem o que estava prestes a
acontecer.
Ele havia tentado prepará-los para sua volta ao Pai:
"vou para o Pai, e não me vereis mais" (João 16:10). Como poderia uma
mente finita compreender tais palavras? Como iria ele? Morreria de novo? Viria
uma carruagem como veio para Elias? Os anjos o tomariam? Ou ele desvaneceria
repentinamente no ar? Fazia parte do que Jesus os avisara: "Ouvistes que
eu vos disse: Vou e voltarei para vós. Se me amasseis, alegrar-vos-íeis porque
eu vou para o Pai" (João 14:28). Diziam, porém: "Que quer dizer esse
'um pouco'? Não sabemos o que diz" (João 16:18).
Do mesmo modo como reuniu os discípulos, Jesus de novo
primeiro reunirá o seu povo para ele mesmo, a fim de preparar-nos para a sua
volta. Mas, entenderemos, nós? Deus sempre teve um povo, mas no momento
antes de voltar, Jesus fará do mesmo modo como fez antes de partir. É isso que
ele está fazendo agora! Está acontecendo aqui na igreja de Times Square e por
todos os Estados Unidos, Américas, China, Europa, Polônia, Rússia. Grupos
peque/ nos e grupos maiores estão chegando pelo chamado do Espírito Santo "para
o encontro do Senhor". Eles ouviram a trombeta! Ouviram o grito: "Aí
vem o noivo, saí ao seu encontro" (Mateus
25:6).
Jesus dissera que se regozijassem, mas também lhes disse:
"chorareis e vos lamentareis... ficareis tristes" (João 16:20). Jesus
está reunindo um povo ao qual é ordenado regozijar-se porque ele vem do mesmo
modo como foi! Porém falou de igual modo sobre coisas horríveis que viriam
sobre a terra, tão amedrontadoras que o coração dos homens desmaiariam de medo,
ao contemplarem os juízos caindo por toda a parte. Mas a ordem dada aos
reunidos é que não temam, mas se regozijem - enquanto os próprios poderes do
céu são abalados. "Quando estas coisas começarem a acontecer, olhai para
cima e levantai as vossas cabeças, porque a vossa redenção está próxima"
(Lucas 21:28).
Foi um homem glorificado que
partiu — é um homem glorificado que voltará!
"Esse Jesus que dentre vós foi recebido em cima no céu,
há de vir, assim como para o céu o vistes ir" (Atos 1:11). Foi um corpo de
carne e osso que foi crucificado, um corpo de carne e osso que foi deitado no
túmulo, e um corpo de carne e osso que foi ressuscitado! Foi um Jesus de carne
e osso que Tome tocou. Ele tocou as mãos de Jesus e colocou sua mão no lado
ferido pela lança. Era em verdade um homem — glorificado — que ascendeu
ao Pai! Jesus não vaporizou diante deles! Ele foi elevado numa nuvem até que
desapareceu de vista! Que vista magnífica deve ter sido: Jesus resplandecendo —
radiante de glória — rosto voltado para o céu — elevado com vagar acima deles.
Eles devem ter caído de joelhos!
Anteviram todo o advento com os olhos fitos no Senhor,
enquanto estavam "eles com os olhos fitos no céu". Nem sequer
piscaram um olho, e ele se foi! Presenciaram todo o advento desdobrado. É
verdade que seremos transformados num abrir e fechar de olhos: "todos
seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao soar a
última trombeta" (1 Coríntios 15:51-52). Paulo fala de nossa transformação
corporal, quando "seremos arrebatados juntamente com eles (os vivos) nas
nuvens, para o encontro do Senhor nos ares" (1 Tessalonicenses 4:17). Ele
virá rápido, de repente, e num momento seremos transformados corporalmente.
Mas o que acontecerá antes de nossa transformação
corporal? Creio que os redimidos o verão descendo de maneira exata como o viram
subindo os 120! Creio que a vinda de Cristo será uma revelação de glória à sua
noiva. A última trombeta significa o último despertamento. "Ouço a voz do
meu amado; ei-lo que vem saltando sobre os montes... lançando os olhos pelas
grades" (O Cântico dos Cânticos 2:8,9). E ele virá de repente, e num
momento seremos transformados em nosso físico. Baterá à porta primeiro: "A
voz do meu amado, que está batendo" (O Cântico dos Cânticos 5:2). Como
pode a noiva não sentir a aproximação do seu amado? Nos tempos antigos, a
aproximação do noivo era anunciada à noiva e à sua comitiva, pelo menos a duas
quadras de distância: "Eis que vem o noivo!"
"Portanto, cingindo os lombos do vosso entendimento,
sede sóbrios, e esperai inteiramente na graça que se vos oferece na revelação
de Jesus Cristo" (1 Pedro 1:13). "Mas, vós, irmãos, já não estais em
trevas, para que esse dia vos surpreenda como um ladrão" (1
Tessalonicenses 5:4). Nós já o amamos, ainda que não o vejamos. Como serão os
momentos antes de sua revelação? "Embora não o tendes visto, o amais; e
embora não o vedes agora, credes nele e exultais com gozo inefável e cheio de
glória" (1 Pedro 1:8). Neste preciso momento ele é gozo inefável e cheio
de glória, quando apenas nos toca por seu Espírito.
Alguma vez eleja entrou em seu quarto? Alguma vez eleja
esteve tão perto que você pensou estar no céu? Então como será quando ele
começar a atrair-nos pela aproximação de sua glória e presença? Paulo dá a
entender que os santos de Deus podem ver o dia que se aproxima:
"Não deixando de congregar-nos... mas admoestemo-nos uns aos outros, e
tanto mais quando vedes que se vai aproximando aquele dia" (Hebreus
10:25). "Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele,
porque assim como é, o veremos" (1 João 3:2). "Vem com as
nuvens e todo o olho o verá, até mesmo os que o trespassaram" (Apocalipse
1:7). "E verão a sua face, e na sua testa estará o seu nome"
(Apocalipse 22:4).
Estêvão, "cheio do Espírito Santo, fixando os olhos no
céu, viu a glória de Deus, e Jesus, que estava à direita de Deus" (Atos
7:55). Estêvão é o símbolo dos que vivem nos últimos dias, "cheios do
Espírito Santo", que terão olhos descobertos e verão o céu aberto. Veremos
a Jesus vindo em glória com todos os santos anjos. Veremos o séquito da sua
glória!
Sua vinda será uma grande
celebração tanto para a noiva como para o noivo.
Para nós que fazemos parte da noiva, não deve haver medo quando
ele aparecer. "Alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de
Cristo, para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e
alegreis" (1 Pedro 4:13). Nunca nos esqueçamos de que ele não apanhará de
surpresa os que o esperam, os que aguardam "a bem-aventurada esperança, e
o aparecimento da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus"
(Tito 2:13), os que estão "aguardando, e desejando ardentemente a vinda do
dia de Deus" (2 Pedro 3:12). Os que estão olhando e esperando estão
"remindo o tempo, porque os dias são maus" (Efésios 5:16).
Eles não estão sentados diante da TV! Nem envolvidos no eu,
nos sonhos, nas ambições! Mas estão ocupados adornando-se como uma noiva que
espera. Estão-se ocupando até que ele venha. Esse dia não "apanhará de
surpresa" os que estão preparados. Ele não virá como ladrão aos expectantes!
Também será o dia de alegria do Senhor! Ele está
ansioso por estar com a sua noiva: "Eu sou do meu amado, e ele me tem
afeição" (O Cântico dos Cânticos 7:10). Esquecemo-nos de sua emoção,
de sua alegria, de sua expectativa. Sim — ele anseia por sua
noiva! Jesus chorou diante do túmulo de Lázaro. Ele exultou de alegria depois
que os discípulos voltaram contando da expulsão de demônios (veja Lucas
10:17-22). Ele é homem glorificado, co-participante de todos os nossos
sentimentos, e cheio de jubilosa antecipação de receber sua noiva, de
reivindicá-la, e de atraí-la para si próprio!
Ele prometeu aparecer aos que aguardam a sua vinda,
"aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para a
salvação" (Hebreus 9:28). Desta vez ele não vem para expiar pecado, mas
para revelar sua glória à sua noiva. Essa manifestação já começou. Ele está manifestando
seu poder e sua glória ao remanescente santo. Serão apanhados como por um imã
magnético quando o Senhor manifestar-se. Ele não é salafrário, não tenta flagrar
a noiva em ato de imoralidade. Ao contrário, ele está cortejando, purificando,
chamando, e atraindo-a para mais perto.
Jesus vem com grande brado!
"Pois o mesmo Senhor descerá do céu com grande
brado, à voz do arcanjo, ao som da trombeta de Deus, e os que morreram em
Cristo ressurgirão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos
arrebatados juntamente com eles nas nuvens, para o encontro do Senhor nos ares,
e assim estaremos para sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos
outros com estas palavras" (1 Tessalonicenses 4:16-18).
No grego, a palavra "brado" significa incitar por
palavra, despertar, excitar, incitar à ação. A voz do arcanjo será ouvida por
todos os vencedores: "Ele está à porta. Vinde, amados! Aquele a quem amais
veio para levar-vos embora." Esta não é uma vinda discreta, feita em
silêncio num canto. Não! Jesus vem com trombeta ressoando, com exércitos de
anjos, com alarido, com um grito cósmico do arcanjo. Os mortos em Cristo
ressuscitarão primeiro para o encontro do Senhor nos ares. Que regozijo
estrondoso será esse! Eles o abraçarão primeiro. Você acha que eles ficarão em
silêncio? Com novos corpos? Eternamente redimidos e afinal no lar com Jesus?
Amados, eles estarão ali regozijando-se. E enquanto eles se regozijam, ele
enviará seus anjos por todo o mundo para a reunião de seus filhos. Que recepção
extraordinária será!
Mas aqui está o significado de sua vinda, destilada numas
poucas palavras: "e assim estaremos para sempre com o Senhor" (1
Tessalonicenses 4:17). Que loucura é discutir se viveremos na terra ou em algum
céu. O céu será onde quer que Jesus esteja! Alguns se acham tão determinados de
que nunca deixaremos esta terra, que Jesus descerá a nós e estabelecerá um
reino mundial. Tudo o que desejo é isto: "E assim estaremos para sempre
com o Senhor."
Você deseja estar para sempre com o Senhor? Você sabia que é
desejo dele estar com você? "Pai, quero que onde eu estiver,
estejam também comigo os que me deste, para que vejam a minha glória"
(João 17:24).
Não se ire com os fixadores de data que pensam ter a vinda
de Cristo toda calculada. Talvez seja feita com zelo, mas sem sabedoria. Haverá
mais livros, cartas, e profecias reivindicando ter uma revelação especial. Não
se deixe levar por nenhuma destas coisas. Deixe os tempos e as épocas nas mãos
do Pai - e viva cada dia de sua vida como se Cristo viesse dentro
daquela hora. Até que ele venha, há muito trabalho a ser feito reconstruindo os
muros de Sião.