segunda-feira, 8 de outubro de 2012

A MORTE E OS ESTADOS INTERMEDIÁRIOS


I)          A MORTE E OS ESTADOS INTERMEDIÁRIOS

A)    Conceitos sobre a Morte
A morte é e pode ser conceituada de várias formas diferentes. Aqui, colocamos alguns conceitos que, muitas vezes, ouvimos e que são muito difundidos no nosso meio.

1)    A morte é a separação entre a alma e o corpo.
2)    A morte é a saída da alma do corpo humano.
3)    A morte é o acontecimento que é marcado pela paragem cardíaca e de todas as funções vitais de forma definitiva.
4)    A morte é a transição da vida física para a vida espiritual.
5)    A morte é a transição da vida terrestre para outra vida.
6)    A morte é a partida para melhor ou para o pior dependendo da conduta de cada um.

B)    O que a Bíblia ensina sobre a morte
Em vários textos a Bíblia fala sobre a morte. A Palavra de Deus ensina sobre a brevidade da vida (Jó 7:6-7; Salmos 90: 10; 103: 15-16) e mais ainda. Eis aqui algumas coisas que a Bíblia ensina sobre a morte:

1)    A origem da morte
A Bíblia nos ensina que a morte foi introduzida no mundo pelo pecado e como castigo para o mesmo. Deus havia advertido o homem que no dia que comesse do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, certamente morreria. (Gênesis 2: 17; 3: 19; Romanos 5: 12, 17).

2)    A relação da morte com o pecado
A morte entrou no mundo por causa do pecado (Gênesis. 2: 17; 3: 19). E a Bíblia ainda diz que o salário do pecado é a morte (Romanos 6: 23; Tiago. 1: 15).

3)    A iminência da morte
A Bíblia ensina que ninguém tem armas para lutar contra a morte e que a morte está reservada para os homens (Eclesiastes 8: 8; Hebreus 9: 27).

4)    A reação correta dos crentes diante da morte
A Bíblia ensina que a reação do crente diante da morte não deve ser como a do descrente (1 Tessalonicenses 4: 13 - 18). O crente não deve se desesperar e nem entrar em pânico por causa da morte.

C)    Será que a alma morre junto com o corpo?

Existem, pelo menos, três exemplos claros, no Novo Testamento, onde a palavra psyche é usada para designar o aspecto do homem que continua a existir após a morte. O primeiro deles encontra-se em Mateus 10: 28: “Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma (psyché); temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo”. O que Jesus diz é que existe algo seu que, aqueles que o mataram, não podem tocar. Este algo tem de ser um aspecto do homem que continua a existir após a morte do corpo.

Dois exemplos mais deste uso da palavra são encontrados no livro de Apocalipse: “Quando ele abriu o quinto selo, vi debaixo do altar as almas (psychés) daqueles que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam”(6: 9); “Vi ainda as almas (psychés) dos decapitados por causa do testemunho de Jesus, bem como por causa da palavra de Deus” (20: 4). Em nenhuma destas duas passagens a palavra “alma” pode se referir a pessoas que ainda estejam vivendo na terra. A referência é claramente a mártires assassinados; a palavra “alma” é usada para descrever aquele aspecto dos mártires que ainda existe após seus corpos terem sido cruelmente abatidos.

D)    A morte na Bíblia
A Bíblia tem muito a falar sobre a morte, porém não nos fornece muitos detalhes sobre o que acontece na hora da morte e sobre a vida pós-morte.

No Antigo Testamento, temos várias declarações sobre a brevidade e a fragilidade da vida. Jó, em aflição, disse: “Os meus dias são mais velozes do que a lançadeira do tecelão e se findam sem esperança. Lembra-te de que a minha vida é um sopro; os meus olhos não tornarão a ver o bem” (Jó 7: 6-7). Davi falou da morte como “o caminho de todos os mortais” (1 Reis 2: 2) e do curto período de vida: “Quanto ao homem, os seus dias são como a relva; como a flor do campo, assim ele floresce; pois, soprando nela o vento, desaparece, e não conhecerá, daí em diante, o seu lugar” (Salmos 103: 15, 16).

No entanto, os escritores sagrados davam ênfase à vida como um dom de Deus que deve ser desfrutado juntamente com suas bênçãos. Antes de o povo de Israel entrar na terra prometida, Moisés estabeleceu que a obediência resultaria em benção e vida, e a desobediência em morte e destruição (Deuteronômio 30: 15-20). Uma vida prolongada era considerada como uma benção de Deus: “Dar-lhe-ei abundância de dias e lhe mostrarei a minha salvação” (Salmos 91: 16).

E)    Os tipos de mortes na Bíblia
Nas escrituras encontramos três tipos de morte: a física, a espiritual e a segunda morte ou morte eterna. As duas primeiras são consequências do pecado, pois todos pecaram (Gênesis 2: 7; 3: 19-23; Romanos 3: 23; 5: 12; 6: 23). A última é uma opção, pois Deus providenciou um meio pelo qual o homem pudesse passar da morte para a vida, como está escrito: “Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entrará em juízo, mas passou da morte para a vida” (João 5: 24).

1)     Morte Física

Ocorre quando a alma, (alma e espírito) se separa do corpo, ao mesmo tempo em que sucede a transição do mundo visível para o invisível.

Para alguns grupos religiosos, a morte é o fim de todas as coisas, não existindo nada depois desse fato. Para o cristão, a morte determina sua entrada no paraíso, na presença de Jesus Cristo, como escreveu o apóstolo Paulo: “Sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos da parte de Deus um edifício, casa não feita por mãos, eterna, nos céus. Entretanto, estamos em plena confiança, preferindo e deixar este corpo e habitar com o Senhor” (2 Coríntios 5: 1, 8). Da mesma forma, a morte para o incrédulo é sua entrada no Hades (Lucas 16: 22-23; Mateus 10: 28; Apocalipse 20: 13).

A morte física não determina o fim da existência, mas apenas estabelece uma mudança de estado, ou seja, do material para o espiritual. Ainda que todos os homens morram fisicamente, a redenção por meio de Cristo livra o ser humano do poder da morte, como está escrito: “ e manifestada, agora, pelo aparecimento de nosso Salvador Cristo Jesus, o qual não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o evangelho,” (2 Timóteo 1: 10).

2)     Morte Espiritual

Deus ordenou a Adão: “De toda a árvore do jardim comerás livremente, mas da arvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás”. Adão desobedeceu, porém continuou vivo. A consequência direta do pecado de Adão foi a morte espiritual, que é a separação do espírito em relação a Deus (Gênesis 2: 16, 17). Todos os descendentes de Adão nascem espiritualmente mortos em seus delitos e pecados (Efésios 2: 1). Quando um indivíduo reconhece seu estado de alienação, arrepende-se de seus pecados e entrega-se a Cristo por meio da fé, ele passa da “morte para a vida” (1 João 3: 14).

Fisicamente, Adão morreu com 930 anos (Gênesis 5: 5). Logo, a palavra morte pode ser empregada como separação e, esta separação de Deus ocorreu naquele mesmo dia. Esta morte é a que tem passado a toda a humanidade. Vejamos o emprego da palavra “morte” no sentido da separação espiritual de Deus:

“Replicou-lhe, porém, Jesus: Segue-me, e deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos” (Mateus 8: 22).
“porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado...” (Lucas 15: 24)
“Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados,” (Efésios 2: 1)
e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, - pela graça sois salvos,” (Efésios 2: 5).
“entretanto, a que se entrega aos prazeres, mesmo viva, está morta” (1 Timóteo 5: 6).
“Nós sabemos que já passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos; aquele que não ama permanece na morte (1 João 3: 14).
“... Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto” (Apocalipse 3: 1b).

3)     Morte Eterna

Depois da morte física, existem dois caminhos: os que aceitaram o plano de Deus receberão a vida eterna, porém aqueles que não se arrependeram de seus pecados entram na segunda morte, a eterna. Tiago refere-se a esta morte ao dizer: “Meus irmãos, se algum entre vós se desviar da verdade, e alguém o converter, sabei que aquele que converter o pecador do seu caminho errado salvará da morte a alma dele e cobrirá multidão de pecados” (Tiago 5: 19-20). A morte da qual se referiu Tiago não é a morte física, pois muitos cristãos já a experimentaram, entretanto ele estava falando sobre a segunda morte.

Diferentemente do que muitos dizem, a Bíblia deixa evidente que depois da morte não há uma cessação da existência, visto que as escrituras predizem uma ressurreição dos injustos assim como dos justos e uma segunda morte, no caso do ímpio. Os seguintes textos das escrituras confirmam tal entendimento:

“... tendo esperança em Deus, como também estes a têm, de que haverá  ressurreição, tanto de justos como de injustos” (Atos 24: 15).

“Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas: O vencedor de nenhum modo sofrerá dano da segunda morte” (Apocalipse 2: 11).
Então, a morte e o inferno foram lançados no lago de Fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo. E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo” (Apocalipse 20: 14-15).

Mas, quanto aos tímidos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idolatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre, o que é a segunda morte” (Apocalipse 21: 8).

F)     Estado Intermediário
O estado intermediário é o período que transcorre entre a morte e a ressurreição. As Escrituras deixam evidente que os mortos permanecem conscientes, tanto justos quanto ímpios, antes da ressurreição. No estado intermediário a alma (alma e espírito) não possui corpo, embora este estado seja de regozijo consciente dos justos e de sofrimento consciente dos ímpios.

Há diferenciação entre o estado intermediário dos ímpios e dos justos, conforme poderemos observar. 

Existem algumas teorias muito difundidas sobre o que acontece após a morte, eis aqui algumas delas:

1)    A doutrina católica: na tentativa de responder a este problema, a Igreja Católica formulou uma teologia baseada em três lugares diferentes:

a) O Purgatório: segundo a Teologia Católica Romana, as almas dos que vivem de forma perfeita quando morrem são logo admitidos ao céu, mas aqueles que não são perfeitamente purificados precisam sujeitar-se a um processo de purificação antes de entrarem no céu. E o lugar desta suposta purificação é o purgatório, onde as almas são oprimidas e sofrem dores reais. A permanência neste lugar depende da necessidade de cada um e também das boas obras e orações dos fiéis ainda em vida.

b) O Limbus Patrum: segundo o entendimento deles, este é o lugar onde as almas dos santos da antiga aliança ficavam detidas esperando a ressurreição de Cristo. Acredita-se que após a morte de Jesus, ele desceu ao hades e libertou os santos que lá se encontravam levando-os em triunfo para o céu.

c)  O Limbus infantum: a Teologia Católica ensina que este é o lugar aonde as almas das crianças, não batizadas, vão após a morte, independentemente, dos pais delas serem cristãos ou não. Não há consenso no meio católico quanto a este assunto, mas em geral acredita-se que neste lugar não existe sofrimento nenhum. Não existem respaldos ou bases bíblicas para esta doutrina.

2)    A doutrina do Sono da Alma: algumas religiões e seitas afirmam que depois da morte a alma humana não morre, mas ela entra em um estado de repouso ou sono inconsciente, ou seja, a alma neste estado não reconhece e nem sabe de nada sobre si mesma, ela fica totalmente inconsciente neste estado. Os proponentes e expoentes desta doutrina apóiam-se em alguns textos da Bíblia que falam da morte como sono, daí inferem que a alma fica inconsciente. Mas através de uma leitura apurada da Bíblia podemos notar que as Escrituras ensinam o contrário: Lucas 16: 19-31; 23: 43; Atos 7: 59; 2 Coríntios 5: 8; Filipenses 1: 23; Apocalipse 6: 9; 7: 9; 20: 4.

3)    A doutrina do aniquilamento: esta doutrina ensina que o homem foi criado imortal, mas que os que continuam no pecado, Deus soberanamente os priva do dom da imortalidade e os destrói completamente.

4)    A doutrina da imortalidade condicional: esta doutrina diz que a imortalidade não é natural do homem, mas é um dom de Deus em Cristo para os que creem. Ou seja, as almas que não recebem Jesus elas não são imortais, elas morrem junto com o corpo.

5)     A doutrina do aprendizado: nesta doutrina acredita-se que depois da morte todas as almas (boas e más) vão para um lugar onde aprendem mais sobre a vida, o universo e sobre a própria alma.

6)     A doutrina da evolução da alma: é a doutrina que ensina que as almas evoluem para um outro estado após a morte.

7)     A doutrina angelical: nesta doutrina acredita-se que após a morte as almas boas se tornam anjos do bem e as más se tornam anjos do mal.

8)    A doutrina da reencarnação ilimitada: este pensamento herege ensina e prega que todas as almas depois da morte ficam em um estado intermediário aguardando uma nova encarnação em um novo e outro corpo. E assim por diante, sempre que a alguém morre ela reencarna em outro corpo, isto, para reparar os seus erros passados nas vidas passadas.

9)    A doutrina da reencarnação limitada: esta doutrina ensina que as almas, após a morte, reencarnam somente algumas vezes e depois disto são desativadas e não mais voltam à terra.

10)  A doutrina da reencarnação imediata: ensina-se nesta doutrina que quando alguém morre a sua alma imediatamente entram em um corpo que ainda está no ventre da mãe.

11)  A posição reformada: a teologia dos reformadores deixou-nos como tradição a crença em uma existência após a morte. Os crentes vão para o lugar de repouso e de paz na presença do Senhor (2 Coríntios 5: 1, 8; Filipenses. 1: 23; Lucas 16: 22-23; 23: 43) e os descrentes vão para um lugar de tormento (Lucas 16: 22-23; Mateus 10: 28; Apocalipse 20: 13).

G)    A Morte dos ímpios


Há muitas interpretações relacionadas ao lugar dos mortos, tanto dos justos quanto dos ímpios, principalmente, com relação à tradução dos termos “sheol” e “hades”.
1)    No Antigo Testamento, o lugar da vida após a morte para o ímpio é, na grande maioria das vezes, chamado de “sheol”, traduzido em algumas Bíblias por “inferno” ou “sepultura”. Também é identificado pela palavra “abaddon”, “o lugar da destruição”, como em Jó 26: 6 (abismo); 31: 12 (destruição); Salmos 88: 11 (sepultura); Provérbios 27: 20 (inferno, abismo), e também pelo vocábulo “bor”, “abismo”, “cova”, literalmente uma “cisterna”.

2)    Algumas seitas como as Testemunhas de Jeová, os Adventistas do Sétimo Dia e os Espíritas Kardecistas, bem como alguns autores cristãos, defendem a ideia de que a palavra “sheol” significa “sepultura”. Três passagens das escrituras são usadas para defender tal posição: Salmos 6: 5 (sepultura); 115: 17-18 (região de silêncio) e Isaias 38: 17-19 (sepultura). Esta concepção não prevalece diante dos vários textos das Escrituras que se referem a tal termo.

3)    Frequentemente, “sheol” é descrito como um abismo que faz contraste com as alturas dos céus (Jó 11: 8; Salmos 139: 8; Amós 9: 2). Muitas vezes faz referência ao furor, cólera ou ira de Deus (Jó 14: 13; Salmos 6: 1,5; 88: 3,7; 89: 46, 48). Outras vezes, refere-se tanto à ira quanto ao fogo: “Porque um fogo se acendeu no meu furor, e arderá até ao mais profundo do inferno,  consumirá a terra e suas messes, e abrasará os fundamentos dos montes” (Deuteronômio 32: 22).

4)    Quando os escritores do Novo Testamento fizeram alusão ao texto do Antigo Testamento, que especificamente fala do “sheol”, traduziram pela palavra grega “hades”, “o qual não é visto como um lugar indeterminado de que falam gregos pagãos, mas como um lugar de punição. São vários os textos que indicam que o “sheol” pode ser um lugar de punição dos ímpios: Números 16: 23-32; Salmos 9: 17; 55: 15; 88: 1-4, 7; Provérbios 9: 13 – 18

H)    A morte dos justos

Para os judeus, tanto os justos quanto os ímpios iam para o sheol, devido ao fato de Jacó, em luto, ter dito desceria ao sheol.

No Novo Testamento, o destino final dos seres humanos torna-se mais claro. Jesus, em Lucas 16: 10-31, conta sobre um homem rico que se vestia esplendidamente e todos os dias se regalava com um farto banquete. À sua porta havia um mendigo, de nome Lázaro, coberto de feridas, que desejava comer os restos da comida que caíam da mesa do rico. Além disso, os cães lambiam-lhe as chagas, o que o tornava impuro segundo a Lei. Nessa situação, Lázaro tinha uma coisa a seu favor: seu nome, que significa “Deus é minha ajuda”, uma indicação de que, apesar de tudo, ele mantinha sua fé em Deus.

Ambos morreram, e Lázaro foi levado ao “seio de Abraão” (no sheol) – ao que tudo demonstra um lugar de bênçãos, pois ali foi confortado. O homem rico, após a morte, achou-se em sofrimento no fogo do hades, porém um “lugar de tormento”. Neste local, quando abriu os olhos, viu Abraão e Lázaro “ao longe” e imediatamente suplicou por ajuda. Abraão disse: “Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro, igualmente, os males; agora, porém, aqui ele está consolado, e tu, em tormentos. E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que querem passar daqui para vós não podem, nem os de lá passar para nós.” (Lucas 16: 25-26).

A conclusão que advêm desse texto é que:

1)    Depois da morte segue-se o destino tanto do ímpio quanto do justo, nada podendo ser alterado.

2)    O destino da vida eterna, com Deus ou sem Deus, é decidido em vida. Hoje quem morre com Cristo vai direto para o paraíso e sem Ele para o hades no lugar de tormento. Os escritores inspirados também escreveram sobre a habitação do justo: Salmos 73: 24; Provérbios 15: 24; João 14: 3; Lucas 23: 43; 2 Coríntios 5: 1 – 8; Filipenses 1: 23; Apocalipse 14: 13

Depois da ressurreição de Jesus, tudo é mudado. A morada dos justos é transferida do sheol  (seio de Abraão)  para o paraíso, que se encontra no terceiro céu, como disse o apostolo Paulo: “Conheço um homem em cristo que, há catorze anos (se no corpo, não sei; se fora do corpo, não sei; Deus sabe), foi arrebatado até ao terceiro céu... foi arrebatado ao paraíso e ouviu palavras inefáveis, de que ao homem não é lícito falar” (2 Coríntios 12: 1,4).

Na cruz Jesus disse ao ladrão agonizante: “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso” (Lucas 23: 43).

Baseando-se neste trecho das Escrituras, com relação ao lugar dos mortos tanto dos justos quanto dos ímpios, pode-se entender que hades (grego) e sheol (hebraico) indicam, simplesmente, “lugar dos mortos”; porque para a palavra “sepultura” é “queber” (hebraico) e “mnemeton” (grego). No sheol ou hades encontram-se o “paraíso ou seio de Abrahão” para onde iam os salvos do Velho Testamento até a ressurreição de Cristo (Lucas 16: 22 – 43; Efésios 4: 7 – 11; Hebreus 2: 14, 15) e o “lugar de tormento” (Mateus 16: 18, 23 – 25; Lucas 16: 19 – 31; Apocalipse 20: 11 – 16), onde ficam, ainda hoje, os que não são salvos de todas as épocas. Entre esses dois lugares existia um grande abismo (Lucas 16: 26). Ver desenho a seguir.

Nenhum comentário:

Postar um comentário