O ARREBATAMENTO E OS
EVENTOS QUE O SUCEDERÃO
A)
A promessa do
Arrebatamento
Jesus prometeu que
voltaria para arrebatar sua Igreja, como está escrito: “ Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na
casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois
vou preparar-vos lugar. E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei
para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também” (João 14:
1-3). Paulo acrescenta: “Porquanto o
Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada
a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão
primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados
juntamente com eles entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim,
estaremos para sempre com o Senhor” (1 Tessalonicenses 4: 16-17).
Na sua vinda, na
plenitude dos tempos, Jesus veio como homem, como Messias Salvador prometido em
todo o Antigo Testamento, porém no arrebatamento, que será nos ares, virá como
noivo e por fim na segunda vinda, visível e literal, surgirá como juiz e rei.
B)
O Termo Arrebatamento
Feitas essas
considerações, vejamos o que significa o termo arrebatamento. Esta palavra não
se encontra, graficamente falando, nas passagens que descrevem o momento do
arrebatamento da Igreja, mas a idéia do termo está implícita no contexto, que
diz: “Depois, nós, os vivos, os que
ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles entre nuvens, para o encontro
do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor” (1
Tessalonicenses 4: 17). Alguns dicionários dizem que “arrebatamento” vem do
verbo arrebatar, que significa:
1) Tirar com violência ou força; arrancar;
2) Levar, desprender, de um ímpeto;
3) Raptar;
4) Impelir, conduzir;
5) Enlevar, extasiar;
6) Tirar por força ou violência; arrancar;
7) Apossar-se por força ou violência; roubar;
8) Provocar, suscitar; arrancar.
Os termos relacionados
·
Harpazo (1 Tessalonicenses
4: 17): roubar, arrastar ou carregar longe.
·
Episynagoge (2 Tessalonicenses.
2: 1): reunião ou assembléia.
·
Allatto (1 Coríntios 15: 51-52):
mudar, transformar, trocar.
·
Paralambano (João 14: 3): levar,
receber para si.
·
Epifaneia (Tito 2: 13):
manifestação, aparição.
·
Rhuomai (1 Tessalonicenses
1: 10): atrair para si, resgatar, libertar.
·
Apokalypsis (1 Pedro 1: 13): um
desvendamento, uma exposição, uma revelação).
·
Parousia (Tiago 5: 7-8):
presença, vinda, chegada.
Devemos saber que nem
todos os usos desses termos no N. T. são uma referência ao arrebatamento, o
contexto é que determina o sentido.
Por meio destes
termos, concluímos que a Igreja será tirada de modo singular, rápido e
inesperado. Durante esse evento, os fiéis a Cristo Jesus (a Igreja), de todas
as épocas, serão transformados; os vivos serão transladados sem ver a morte, ao
passo que os que já partiram em Cristo serão ressuscitados, conforme escreveu o
apóstolo Paulo, em 1 Tessalonicenses 4: 13 - 18.
Imediatamente após o
aparecimento de Jesus nos céus iniciará a última semana profética da qual
Daniel fez menção em Daniel 9: 24.
C)
Teorias sobre o
arrebatamento
Entre os
estudantes das Escrituras não há unanimidade quanto ao tempo do arrebatamento.
Mostraremos as posições dentro do pré-milenismo com respeito à ocasião do
arrebatamento em relação ao período da Tribulação.
1)
Pré-tribulacionismo: esta posição ensina
que a Igreja será tirada antes de iniciar a Tribulação. Essa interpretação é
atualmente a mais aceita e que melhor se ajusta no contexto profético das
Escrituras. De acordo com a leitura pré-tribulacionista, a Bíblia menciona dois
eventos distintos um do outro, em que as pessoas fazem muita confusão.
Primeiramente, há necessidade de se distinguir Arrebatamento da Segunda Vinda
(manifestação física e pessoal de Jesus). No primeiro momento, no
arrebatamento, Ele virá “para os seus” (João 14: 3) e no segundo momento, na
sua volta, virá “com os seus” (Zacarias 14: 5b; 1 Tessalonicenses 3: 13; Judas
14).
Razões
pelas quais cremos que a Igreja será arrebatada antes da Tribulação:
a) Nenhuma
passagem bíblica declara explicitamente que a Igreja passará pela Tribulação.
b) O livro do Apocalipse trata, na maior
parte, dos derradeiros sete anos – a Tribulação ou a “Septuagésima Semana”
revelada a Daniel. É significativo o fato de que a Igreja não seja mencionada,
direta ou indiretamente, durante este período.
c) A igreja em Tiatira recebeu uma
promessa que receberia “a estrela da manhã” (Apocalipse 2: 20 – 28), pois a
estrela da alva sempre é vista de madrugada, antes da aurora. Assim, quando
esse novo dia, o Milênio, despontar, a estrela da manhã já terá aparecido e a
Igreja terá sido recolhida à presença de Cristo para participar com Ele da
administração do Reino que será inaugurado ao aparecer o “Sol da Justiça”.
d) A igreja de Filadélfia recebeu uma
promessa de livramento da ira (Apocalipse 3: 10), pois a expressão “hora da
provação”, da qual a igreja será guardada, só pode ser a Tribulação, pois se
trata de algo de âmbito internacional. O estudo do texto no grego original
permite a interpretação no sentido de que a igreja será literalmente “extraída”
dessa hora.
e) Sendo justificados pelo seu sangue,
seremos por ele salvos da ira. (Romanos 5: 9 e I Tessalonicenses 1: 10).
f)
A
Tribulação, embora afetando o mundo inteiro, tem a ver especialmente com
Israel. Jeremias 30: 4 - 9; Daniel 12: 1; Mateus 24: 15 e 21.
g) A promessa à igreja concernente ao
arrebatamento não dispõe de nenhum sinal pelo qual podemos determinar a hora
exata da vinda de Cristo. Por outro lado, há vários sinais de medidas
cronológicas que se aplicam a Israel, como semanas, tempo, e metade de tempo.
h) O ensino sobre tipificação do Velho
Testamento apresenta José como tipo de Cristo. Ele casou-se com Asenate, uma
gentia, durante o tempo de sua rejeição por parte dos seus irmãos e antes dos
sete anos de fome. Semelhantemente, Cristo receberá a sua “noiva” que na sua
maioria é gentílica, durante o tempo de sua rejeição por parte dos seus irmãos
segundo a carne, isto é, Israel, e acontecendo isto antes dos sete anos da
tribulação.
2) Arrebatamento
parcial: esta posição ensina que o arrebatamento ocorrerá antes da Tribulação,
mas apenas os crentes “preparados” serão levados, ao passo que outros crentes
permanecerão na Terra durante a tribulação para serem provados e purificados
mediante grandes sofrimentos (sendo arrebatados posteriormente). Esta posição
tem sido pouco adotada devido a sua semelhança com a doutrina católica do
purgatório, segundo a qual o sofrimento pode purgar os pecados.
3) Mesotribulacionismo ou Midi-tribulacionismo: como o nome sugere,
esta posição ensina que os crentes serão arrebatados na metade da tribulação
(depois dos primeiros três anos e meio).
1)
Pós-tribulacionistas – esta posição
ensina que todos os crentes serão arrebatados no final da Tribulação, depois
dos sete anos de juízo sobre a terra. De acordo com a visão
pós-tribulacionista, a Igreja passa pela grande tribulação. Tribulações sempre
fizeram parte da história da Igreja (João 16: 33).
Após
mencionar a Grande Tribulação (Mateus 24: 21), Jesus afirmou que sua vinda
ocorreria após este evento: “Logo em
seguida à tribulação daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua
claridade, as estrelas cairão do
firmamento, e os poderes dos céus serão abalados. Então, aparecerá no céu o
sinal do Filho do Homem; todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho
do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E ele enviará
os seus anjos com grande clangor de trombeta, os quais reunirão os seus
escolhidos dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus” (Mateus
24: 29-31). A mesma sequência de eventos (tribulação, sinais cósmicos e
arrebatamento) ocorre nos três evangelhos sinópticos (Mateus 24, Marcos 13,
Lucas 21).
2)
Arrebatamento
Pré-Ira:
estes são de opinião de que todos os crentes serão levados no Arrebatamento
aproximadamente depois de decorridos três quartos da Tribulação.
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